Semana que vem, mais exatamente no dia 8 de setembro, completa um mês que meu querido vovô nos deixou.
Assim como eu, ele tinha mania de escrever. Escrevia lindas crônicas com temas variados sobre o dia-a-dia, família, seus pensamentos, idéias, sua infância. E gostava de citar em suas histórias, quando alguma pessoa importante ou ente querido partia para o céu.
Eu como sendo sua netinha , por meio deste singelo texto, gostaria de homenagear meu saudoso vovô, que tem feito muito falta para minha família e que com certeza iria se alegrar se escrevessem em favor da sua memória.
Falar do meu avô Manoel Ferreira é uma honra, um presente. Difícil, é relatar em detalhes seu grande ministério e atenção, carinho que tinha por todos. Quando digo todos, é todos mesmo!
Meu vô fazia questão de não esquecer de ninguém. Sua atenção ia além dos membros da família. Podia simplesmente ser amigo, parente, colega ... vovô tinha considerações por todos!
Mas, antes, deixe-me contar um pouco quem foi este homem, um verdadeiro servo do Senhor!
Filho de portugueses, meu avô era o 10º filho. Desde pequeno sempre teve interesse por livros, pela leitura.
Lembro-me que uma vez ele me contou, que aprendeu a ler sozinho e que foi ele que ensinou sua mãe, minha bisavó, a ler, pois não teve oportunidade quando jovem.
Me recordo também, quando ele me contou que ganhou uma vez uma coleção de livros das histórias do Tarzan. Disse que comeu um livro atrás do outro (risos).
E esse seu gosto pela leitura, pela escrita, cresceu junto dele e o fez tornar-se pastor metodista.
Casou com minha vó Elia, teve três filhos. Minha mãe Lis Andrea, é a primogênita e meus tios, Carlos Adriano e Mariestrela.
Teve sete netos!
Sendo pastor, passou por várias cidades e igrejas, não sei o nome de todas, mas sei, que sempre foi comprometido primeiramente em servir ao Senhor e também com o ministério e principalmente com cada membro, irmão que fazia parte do Corpo de Cristo.
Meu vô era conhecido por seus famosos telefonemas que dava para os aniversariantes do dia. As pessoas se impressionam até hoje, passava ano, ele não esquecia de ligar para ninguém. Não importava onde a pessoa residisse, ele sempre telefonava logo cedinho.
Depois de aposentado, seu compromisso de pastor não parou. Ele tinha um bloquinho de oração, onde tinha o nome de cada membro da família, dos seus amigos, de quem precisava de oração e quem mais ele tivesse consideração. Fazia seu culto matinal sempre às 4h da manhã e depois pedia, orava e clamava por cada um da sua listinha.
É, meu vovô foi fiel até o fim. Mesmo quando teve que ser submetido a cirurgia que o fez partir, ele reuniu toda a equipe cirúrgica e fez uma oração para que Deus estivesse alí presente e que ninguém se preocupasse com o resultado que teriam naquele local.
Meu amado, saudoso e amigo Vô Manoel está fazendo muita falta, volta e meia não tem como evitar as lágrimas, a saudade aperta, dói, mas nosso consolo é saber que ele partiu em paz, na presença de Deus e que está com Ele agora, sem dor, sem preocupação, escutando ainda melhor a voz do Altíssimo!
"Vô, que o senhor saiba que sempre te amarei e lembrarei dos bons momentos em família que tivemos todos juntos, das lições que nos dava sobre a vida, o caminhar com Cristo e das dúvidas que tinhámos sobre a Bíblia e que o senhor sempre tirava. Espero que um dia, possamos todos nos encontrar e festejar, como de costume, o nosso reencontro.
Eu Te Amo, meu querido e eterno vovô Manoel!!!"
